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sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
sábado, 8 de novembro de 2008
No Cantar das Nazarenas
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Quando as rosetas se agarram no sovaco de um matungo
Eu tiro a sorte aragana pra bailar neste surungo
E "se vâmo" dando volta num despraiado de mundo
Um potro que esconde a cara é coisa braba "a la pucha"
Posso até não ser ginete mas sou mimoso das bruxas
Fui batizado "a lo largo" na velha doma gaúcha
Por mim que despenque o tempo em pedra, trovão e raio
Rodada quanto mais feia não tem problema, que eu saio
Arrastando as nazarenas com guizos no papagaio
Canta, canta nazarena na cantilena de campo
Que os cavalos que eu encilho têm olhos de pirilampos
E andam de cacho quebrado donde a china prende o grampo
No cantar das nazarenas eu toco a vida por diante
Tironeando meu destino no repecho e no lançante
Embora a sorte me traia e o amor ande distante
Quem vive a lida campeira e faz da doma um ofício
Nunca refuga bolada nem esquece os compromissos
Pra bagual que corcoveia espora, mango e serviço
Quem passa o tempo domando arrocinando tropilhas
De certo um dia se amansa no santo altar da família
E as nazarenas "descansa" num cepo de curunilha
Eu tiro a sorte aragana pra bailar neste surungo
E "se vâmo" dando volta num despraiado de mundo
Um potro que esconde a cara é coisa braba "a la pucha"
Posso até não ser ginete mas sou mimoso das bruxas
Fui batizado "a lo largo" na velha doma gaúcha
Por mim que despenque o tempo em pedra, trovão e raio
Rodada quanto mais feia não tem problema, que eu saio
Arrastando as nazarenas com guizos no papagaio
Canta, canta nazarena na cantilena de campo
Que os cavalos que eu encilho têm olhos de pirilampos
E andam de cacho quebrado donde a china prende o grampo
No cantar das nazarenas eu toco a vida por diante
Tironeando meu destino no repecho e no lançante
Embora a sorte me traia e o amor ande distante
Quem vive a lida campeira e faz da doma um ofício
Nunca refuga bolada nem esquece os compromissos
Pra bagual que corcoveia espora, mango e serviço
Quem passa o tempo domando arrocinando tropilhas
De certo um dia se amansa no santo altar da família
E as nazarenas "descansa" num cepo de curunilha
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Retrato de Pampa e Invernada
Tiro de laço (1)
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Em busca das aspas, ágeis gaudérias quando disparam;
Que elo de ligação fecharia esse contato?
O laço é só movimento quando se rasga em armada
E canta no reboleio girando sobre o cavalo,
Até que parte ao destino que a mão libera em certeza,
Como uma cobra gigante em busca de sua presa. Agora o laço é de golpe no entreparar do cavalo, Montaria e perseguido por ele ficam ligados,
No seu metro medem forças o laçador e o laçado.
Que guapas são essas braças, esses tentos bem trançados,
Que têm a boca de ferro, longo corpo enrodilhado,
Para fazer cara-volta no touro mais afamado.
Quatro tentos resistentes que um dia foram do boi,
Hoje contra o boi se voltam no encalço do que se vai;
Unidos se multiplicam, trançados não partem mais.
Vida Campeira
GINETE
Quem nasceu pra ser ginete
Tem a alma encomendada.
Fala e reza diferente,
Já sentiu o bufo quente
Da morte numa rodada.
Conhece pêlos e manhas,
Conhece pêlos e manhas,
Se é reiúno ou rufião.
Lombo, é banco de escola,
Tem um arzão de pachola
E sonhos de ser patrão.
Sabe os segredos das crinas
Sabe os segredos das crinas
E os atáios pras virilhas.
Se imagina um Charrua,
Ou São Jorge, lá na lua
Quebrando queixo em coxilhas.
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