sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vida Campeira




GINETE


Quem nasceu pra ser ginete


Tem a alma encomendada.


Fala e reza diferente,


Já sentiu o bufo quente


Da morte numa rodada.
Conhece pêlos e manhas,
Se é reiúno ou rufião.
Lombo, é banco de escola,
Tem um arzão de pachola
E sonhos de ser patrão.
Sabe os segredos das crinas
E os atáios pras virilhas.
Se imagina um Charrua,
Ou São Jorge, lá na lua
Quebrando queixo em coxilhas.